sábado, 12 de março de 2016

Educação do Campo e a questão agrária brasileira


  O movimento em defesa da educação do campo, pública e de qualidade, é hoje um dos mais importantes movimentos educacionais do Brasil, já que a escolaridade média da população rural é bem menor que a das pessoas que vivem em cidades. O Programa Nacional de Educação na Reforma Agraria (Pronera), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), tem a missão de ampliar os níveis de escolarização formal dos trabalhadores rurais assentados. Atuando como instrumento de democratização do conhecimento nessas regiões, ao propor e apoiar projetos de ensino que utilizam metodologias voltadas para o desenvolvimento das áreas de reforma agrária.

  As dificuldades são muitas— falta de estrutura e de recursos nas escolas alunos repetentes, calendários não adaptados a realidade dos estudantes— e tendo como causas o processo histórico, devido a valorização da indústria em detrimento da zona rural e a desvalorização de seus moradores. Ocasionando consequências como  a limitação na vida do homem rural e o insucesso escolar. A  educação é um direito de todos e se realiza por diferentes territórios e práticas sociais que incorporam a diversidade do campo. É, ainda, garantia para ampliar as possibilidades de criação de condições de existência da agricultura familiar/camponesa.


  A questão agrária brasileira pode ser caracterizada por diversas faces de um mesmo processo, o de desenvolvimento do capitalismo. Historicamente, e até ndias atuais, ela é marcada pela forte concentração de terras e capitais, cultivo de monoculturas e do trabalho da classe subalterna. Nesse sentido, podemos afirmar que as dimensões que abrangem a questão agrária são várias e uma delas é a educação.


  O ensino na zona rural nos últimos anos, tem avançado substancialmente devido, principalmente, a luta das famílias trabalhadoras dessas regiões para a construção de colégios nos acampamentos de luta pela terra e assentamentos rurais de reforma agrária. Sendo uma reivindicação direta dos movimentos sociais.

  Um maior investimento e um olhar mais voltado para as verdadeiras necessidades desse povo melhoraria, sem dúvidas tais problemas. os programas e institutos nacionais poderiam capacitar educadores, para atuar nas escolas dos assentamentos, e coordenadores, para agir como multiplicadores de atividades educativas comunitárias. Tendo omo objetivo geral fortalecer a educação nas áreas de reforma agrária, utilizando metodologias voltadas para a especificidade do campo, tendo em vista contribuir para promoção do desenvolvimento sustentável.

Paloma Oliveira



Um comentário:

  1. Esta é a nossa realidade, minha cara colega, esperamos poder contribuir para o futuro das escolas do campo como futuros doentes.

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