O movimento em defesa da educação do campo, pública
e de qualidade, é hoje um dos mais importantes movimentos educacionais do
Brasil, já que a escolaridade média da população rural é bem menor que a das
pessoas que vivem em cidades. O Programa Nacional de Educação na Reforma
Agraria (Pronera), do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra), tem a missão de ampliar os níveis de escolarização formal dos
trabalhadores rurais assentados. Atuando como instrumento de democratização do
conhecimento nessas regiões, ao propor e apoiar projetos de ensino que utilizam
metodologias voltadas para o desenvolvimento das áreas de reforma agrária.
As dificuldades são muitas— falta de estrutura e de recursos nas
escolas alunos repetentes, calendários não adaptados a realidade dos
estudantes— e tendo como causas o processo histórico, devido a valorização da
indústria em detrimento da zona rural e a desvalorização de seus moradores.
Ocasionando consequências como a limitação na vida do homem rural e o insucesso
escolar. A educação é um direito de todos e se realiza por diferentes
territórios e práticas sociais que incorporam a diversidade do campo. É, ainda,
garantia para ampliar as possibilidades de criação de condições de existência
da agricultura familiar/camponesa.
A questão agrária brasileira pode ser
caracterizada por diversas faces de um mesmo processo, o de desenvolvimento do
capitalismo. Historicamente, e até ndias atuais, ela é marcada pela forte
concentração de terras e capitais, cultivo de monoculturas e do trabalho da
classe subalterna. Nesse sentido, podemos afirmar que as dimensões que abrangem
a questão agrária são várias e uma delas é a educação.
O ensino na zona rural nos últimos anos,
tem avançado substancialmente devido, principalmente, a luta das famílias
trabalhadoras dessas regiões para a construção de colégios nos acampamentos de
luta pela terra e assentamentos rurais de reforma agrária. Sendo uma
reivindicação direta dos movimentos sociais.
Um maior investimento e um olhar mais voltado
para as verdadeiras necessidades desse povo melhoraria, sem dúvidas tais
problemas. os programas e institutos nacionais poderiam capacitar educadores,
para atuar nas escolas dos assentamentos, e coordenadores, para agir como
multiplicadores de atividades educativas comunitárias. Tendo omo objetivo geral
fortalecer a educação nas áreas de reforma agrária, utilizando metodologias
voltadas para a especificidade do campo, tendo em vista contribuir para
promoção do desenvolvimento sustentável.
Paloma Oliveira
Esta é a nossa realidade, minha cara colega, esperamos poder contribuir para o futuro das escolas do campo como futuros doentes.
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